Após a discussão sobre o problema da mineração trazemos uma matéria, extraída do site Vale do São Francisco, sobre o potencial mineralógico do vale do São Francisco. Ressaltamos novamente o problema da extração de Urânio, cuja uma das maiores reservas do Brasil se encontram no vale do São Francisco.
A mineração de Urânio constitui um grande problema ambiental, principalmente no atual quadro de desenvolvimento econômico do país, que demanda grande suporte energético. Nos últimos anos os níveis dos reservatórios vêem baixando, obrigando o ministério de minas d energia a buscar novas matrizes energéticas para o país e investir fortemente na produção de energia nuclear, são prevista a construção de mais 4 usinas nucleares até 2034, além da conclusão de Angra III. Como o Brasil domina todos os processos de extração, transformação, beneficiamento e enriquecimento de urânio as usinas nucleares são a aposta para as próximas décadas, pois o Brasil possui a 6° maior reserva de urânio do mundo, e ainda possui imensas áreas não pesquisadas como o centro-oeste e norte.
Normalmente o urânio é encontrado associado a outros minerais e a grandes profundidades, após a identificação do mineral através de aparelhos que detectam radioatividade são perfurados poços diversos poços para fazer um modelo da reserva de urânio e outros minerais na área. Posteriormente é traçado o plano de extração do minério, teoricamente visando o mínimo de impacto, entretanto a historia de mineração no Brasil mostra que tem prevalecido a extração por mina à céu aberto, que e o modelo de extração mais empataste, devido a grande área de retirada de cobertura vegetal natural, à grande quantidade de rejeito rochoso, que formará uma nova coleção de relevos artificiais adjacente à mina e também os rejeitos químicos do beneficiamento do urânio. Após a extração o urânio é beneficiado ainda na mina, sendo triturado em moinhos para que os blocos que rocha atinjam tamanhos de até 30cm para então ser transformá-lo em “yellow cake”. Devido as fortes ligações moleculares do urânio com a rocha onde ele se prende é necessário uma media de 30 a 100 KG de Acido Sulfúrico para cada tonelada de rocha extraída, pois este é o único acido suficientemente forte para quebrar essas ligações. O rejeito dessa operação são enormes lagos de Acido Sulfúrico com pH que pode chegar a menos de 2. as empresas normalmente adicionam CAL para induzir o pH até 10, entretanto apenas a correção da concentração de peróxido de hidrogênio não basta, esses lagos tendem a perdurar, posto que no Brasil persiste a cultura de não recuperação das minas abandonadas.
Devemos lembra que estamos falando da exploração de urânio no vale do Rio São Francisco, logo um problema de contaminação de um afluente seria um problema ambiental de escala nacional.
A maior parte do vale do São Francisco ocupa uma depressão geologicamente antiga, onde o embasamento cristalino é constituído por uma grande variedade de rochas, que contêm depósitos minerais bastante valiosos e de grande suporte econômico para o País, como a área denominada de Quadrilátero Ferrífero, situada na parte sul, em Minas Gerais.
Em termos de indústria extrativista, é a única região do País que produz zinco, além da quase totalidade de cromo, diamante, prata e agalmatolito. Responde, também, por mais de 60% da produção nacional de chumbo, cobre, ouro, gipsita e pirofilita. Entretanto, essas atividades carecem de políticas adequadas para serem devidamente exploradas.
Do ponto de vista mineral, é um riquíssimo depósito. As reservas minerais do Vale, em termos de reservas medidas, são de:
- 100% das reservas nacionais medidas de agalmatolito e cádmio;
- cerca de 95% das reservas nacionais medidas de ardósia, diamante e serpentinito industrial; cerca de 75% das reservas nacionais medidas de enxofre e zinco;
- cerca de 65% das reservas nacionais medidas de chumbo;
- cerca de 60% das reservas nacionais medidas de cristal;
- cerca de 50% das reservas nacionais medidas de gemas;
- entre 40 e 20% das reservas nacionais medidas de dolomito, quartzo, ouro, granito, cromita, ferro, gnaisse, calcário, mármore e urânio.
Fonte: MME/SMM/DNPM - Anuário Mineral Brasileiro, 1998.
OBS.: Lançadas as quantidades medidas das reservas de minério dos municípios integrantes (parcial ou integralmente) do Vale, por Estado, exceto para gás natural e petróleo. Vide nota 4.
Notas:
(1) Relação Vale/Brasil.
(2) Em mil m3.
(3) Em mil kg.
(4) Quantidade bruta produzida, em m3, por Estado
(1) Relação Vale/Brasil.
(2) Em mil m3.
(3) Em mil kg.
(4) Quantidade bruta produzida, em m3, por Estado
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