sábado, 27 de novembro de 2010

Aguás de Alter do Chão Podem abastercer a Terra


Pará, um gigante das águas subterrâneas que possui o maior aquífero do mundo
Um volume equivalente a 29 milhões de Maracanãs cheios, ou de 35 mil vezes a baía de Guanabara. Essa impressionante reserva de água, que possivelmente estaria guardada no aquífero de Alter do Chão, no oeste do Pará, é hoje justamente o foco de um dos maiores esforços de estudos já feitos pela Faculdade de Geologia da Universidade Federal do Pará (UFPA): pesquisadores estão prestes a comprovar que o maior aquífero do mundo se encontra no Pará, justamente em Santarém, na área das praias de Alter do Chão.
Mas, o que é um aquífero? O que representa para o Pará possuir o maior aquífero do mundo? “Os aquíferos são um grupo de formações geológicas que podem armazenar uma enorme quantidade de água doce subterrânea. E ela é capaz de abastecer boa parte da população mundial”, explica o geólogo e pesquisador Milton Matta.
Atualmente, o maior aquífero do mundo é o Guarani, situado no Paraná. Estudos mostram que essa formação possui uma reserva de água estimada em 45 mil km³. Mas os pesquisadores paraenses querem provar que a reserva de água do aquífero de Alter do Chão é duas vezes maior que a do Guarani, com um volume que alcançria 86,4 mil km³, (86,4 quatrilhões de litros).

ESTUDOS
Para conseguirem comprovar para o mundo esses dados, os estudiosos da UFPA estão elaborando um projeto e irão apresentá-lo a representantes do Banco Mundial em busca de patrocínio. Segundo Matta, o governo paraense ainda não demonstrou interesse em custear a pesquisa. “Até o momento, não se teve recursos para esses estudos. O que foi feito até agora é fruto de esforços do nosso grupo de pesquisa”.
Matta lembra que o financiamento para os estudos envolveria dois passos. O primeiro seria uma etapa de sistematização de todo o material disponível, que duraria um prazo de oito meses e custaria algo em torno de R$ 300 a R$ 400 mil. A segunda etapa, mais longa, exigiria um conjunto de ações metodológicas, envolvendo trabalhos de campo e levantamentos geofísicos que podem durar em torno de quatro anos. “No total, iríamos precisar de US$ 5 milhões”, avalia Matta.

ABASTECIMENTO
O pesquisador lembra que, no caso de comprovação, os benefícios em possuir o maior aquífero do mundo serão imensuráveis, principalmente para a Amazônia, que já possui status valiosos como o maior depósito mineral do planeta, o maior volume de água doce do mundo e a maior floresta tropical do globo. “As águas amazônicas têm um valor estratégico para o país e para a humanidade que ainda é pouco compreendido pelos gestores brasileiros”, ressaltou Matta. “É um absurdo faltar água na Amazônia”.
Estudos mostram que a quantidade de água do aquífero de Alter do Chão é suficiente para abastecer toda a população do planeta por pelo menos 400 anos. “Se nos derem os meios, ofereceremos as respostas e soluções que contribuam para um caminhar seguro de progresso e bem-estar para os habitantes da Amazônia, do Brasil e do mundo. Assim, Alter do Chão não será mais uma promessa para os povos amazônidas e para o país, mas uma real oportunidade de tornar essa região menos apartada do restante do Brasil”, afirma o pesquisador.
De toda água no planeta, 97,5% são salgadas e não servem para o consumo da população e 1,7% está sob forma de gelo. O que sobra para abastecer a humanidade é em torno de 1% de água doce. Desse pouco, 96% estão sb a forma de águas subterrâneas. “A água subterrânea é 100 vezes mais abundante do que a água superficial. O problema, é que não se sabe aproveitá-la”, diz Matta, afirmando que, por exemplo, seria muito mais barato abastecer Belém com águas subterrâneas.cheios, ou de 35 mil vezes a baía de Guanabara. Essa impressionante reserva de água, que possivelmente estaria guardada no aquífero de Alter do Chão, no oeste do Pará, é hoje justamente o foco de um dos maiores esforços de estudos já feitos pela Faculdade de Geologia da Universidade Federal do Pará (UFPA): pesquisadores estão prestes a comprovar que o maior aquífero do mundo se encontra no Pará, justamente em Santarém, na área das praias de Alter do Chão.
Mas, o que é um aquífero? O que representa para o Pará possuir o maior aquífero do mundo? “Os aquíferos são um grupo de formações geológicas que podem armazenar uma enorme quantidade de água doce subterrânea. E ela é capaz de abastecer boa parte da população mundial”, explica o geólogo e pesquisador Milton Matta.
Atualmente, o maior aquífero do mundo é o Guarani, situado no Paraná. Estudos mostram que essa formação possui uma reserva de água estimada em 45 mil km³. Mas os pesquisadores paraenses querem provar que a reserva de água do aquífero de Alter do Chão é duas vezes maior que a do Guarani, com um volume que alcançria 86,4 mil km³, (86,4 quatrilhões de litros).

ESTUDOS
Para conseguirem comprovar para o mundo esses dados, os estudiosos da UFPA estão elaborando um projeto e irão apresentá-lo a representantes do Banco Mundial em busca de patrocínio. Segundo Matta, o governo paraense ainda não demonstrou interesse em custear a pesquisa. “Até o momento, não se teve recursos para esses estudos. O que foi feito até agora é fruto de esforços do nosso grupo de pesquisa”.
Matta lembra que o financiamento para os estudos envolveria dois passos. O primeiro seria uma etapa de sistematização de todo o material disponível, que duraria um prazo de oito meses e custaria algo em torno de R$ 300 aR$ 400 mil. A segunda etapa, mais longa, exigiria um conjunto de ações metodológicas, envolvendo trabalhos de campo e levantamentos geofísicos que podem durar em torno de quatro anos. “No total, iríamos precisar de US$ 5 milhões”, avalia Matta.

ABASTECIMENTO
O pesquisador lembra que, no caso de comprovação, os benefícios em possuir o maior aquífero do mundo serão imensuráveis, principalmente para a Amazônia, que já possui status valiosos como o maior depósito mineral do planeta, o maior volume de água doce do mundo e a maior floresta tropical do globo. “As águas amazônicas têm um valor estratégico para o país e para a humanidade que ainda é pouco compreendido pelos gestores brasileiros”, ressaltou Matta. “É um absurdo faltar água na Amazônia”.
Estudos mostram que a quantidade de água do aquífero de Alter do Chão é suficiente para abastecer toda a população do planeta por pelo menos 400 anos. “Se nos derem os meios, ofereceremos as respostas e soluções que contribuam para um caminhar seguro de progresso e bem-estar para os habitantes da Amazônia, do Brasil e do mundo. Assim, Alter do Chão não será mais uma promessa para os povos amazônidas e para o país, mas uma real oportunidade de tornar essa região menos apartada do restante do Brasil”, afirma o pesquisador.
De toda água no planeta, 97,5% são salgadas e não servem para o consumo da população e 1,7% está sob forma de gelo. O que sobra para abastecer a humanidade é em torno de 1% de água doce. Desse pouco, 96% estão sb a forma de águas subterrâneas. “A água subterrânea é 100 vezes mais abundante do que a água superficial. O problema, é que não se sabe aproveitá-la”, diz Matta, afirmando que, por exemplo, seria muito mais barato abastecer Belém com águas subterrâneas.

Governos ignoram reserva desde os anos 60
Com status de celebridade depois de ser eleita pelo jornal inglês The Guardian como a praia mais bonita do Brasil, a pequena e encantadora vila de Alter do Chão, localizada à margem direita do rio Tapajós, a 32 quilômetros de Santarém, ainda não tomou conhecimento de mais um título que a coloca em posição de enorme destaque no cenário internacional.
Embora Alter do Chão seja a referência daquele que já é apontado pelos pesquisadores como o maior aquífero do Brasil e, muito provavelmente, do globo, sua população continua alheia ao fato e, por falta de informação, está longe de poder avaliar a importância que ele tem num planeta em que a água doce é cada vez mais escassa e já se tornou um bem estratégico de alto valor comercial.
De acordo com José Ribeiro dos Santos, engenheiro operacional da Cosanpa em Santarém, tudo começou na década de 1960, quando a Petrobrás e a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, empresa do Ministério de Minas e Energia), em trabalho conjunto de pesquisa, perfuraram naquela área um poço com cerca de 1.500 metros de profundidade. Até onde se sabe, não foram ali encontrados indícios da presença de minérios ou de hidrocarbonetos.
Os pesquisadores foram surpreendidos, porém, pela presença de um gigantesco lençol de águas subterrâneas, que estudos posteriores puderam dimensionar com mais precisão. Historicamente, considerava-se que o aquífero Guarani, localizado no Sul e Sudeste do país, era o maior do Brasil. Hoje, esse título pode pertence ao aquífero de Alter do Chão. Com 437.500 quilômetros quadrados de extensão e espessura de 545 metros, ele detém um volume de água superior ao do Guarani, este um pouco mais extenso, porém com menor espessura.
Mas não é só a comunidade local que parece ignorar os encantos redescobertos de Alter do Chão. A Prefeitura Municipal de Santarém e o Governo do Estado, a julgar pela situação de abandono da vila e pelos relatos de seus moradores, também estão de olhos fechados para o futuro. É o que pretende mostrar reportagem do DIÁRIO a ser publicada na edição de amanhã.

RESERVAS
Aquífero de Alter do Chão
- Volume de 86.400 Km³, (86,4 quatrilhões de litros) e uma espessura de 545 metros.
- Qualidade de água melhor à do aquífero Guarani.
- Hoje é o maior manancial de água doce subterrânea do mundo.
- Está localizado na região centro-leste.
- Reserva hídrica calculada em torno de 45 mil km3.  (Diário do Pará)

Fonte:http://www.diariodopara.com.br

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Música Rio São Francisco contra transposição de Walfran Soares


Transposição do Rio São Francisco - Audiência Pública



E este projeto, a quem realmente atende? 
Será que ele é tão necessário assim?

BA: Cursos promovem conhecimento no ‘Velho Chico’

Programação estimula o desenvolvimento dos negócios de produtores rurais organizados em associações/cooperativas



As ações iniciadas em janeiro nos municípios do ‘Projeto Território da Cidadania – Velho Chico’ prosseguem em fevereiro. Elas reúnem uma série de capacitações, que beneficiam setores como mandiocultura, ovinocaprinocultura e piscicultura. Velho Chico é a designação popular para o Rio São Francisco.

O Projeto do Território do Velho Chico, com gestão do Sebrae/BA, tem como público-alvo produtores rurais organizados em associações/cooperativas, assentados, quilombolas, colônias de pescadores e grupos indígenas na área de abrangência do Território Velho Chico ligadas às atividades da caprinocultura, mandiocultura e piscicultura.
A iniciativa tem como objetivo apoiar o desenvolvimento do território Velho Chico por intermédio do fortalecimento, modernização, aplicação e consolidação dos pequenos negócios existentes, com foco na comercialização, com ênfase na cooperação e aumento de renda.
Isso será feiro através de uma série de ações, como capacitações, consultorias tecnológicas, gerenciais, de mercado, consultoria em associativismo e cooperativismo, seminários, missões técnicas e comerciais, participação em feiras e etc.
Para esse ano, a meta é aumentar em 80% a renda dos agricultores inseridos no projeto, em 30% os novos negócios provenientes da caprinocultura, da mandiocultura e da piscicultura e incrementar em 30% a geração de novos empregos no segmento de produção de caprinos, mandioca e peixes.
O Território da Cidadania Velho Chico, na Bahia, abrange uma área de 46.334,80 Km² e é composto por 16 municípios: Barra, Bom Jesus da Lapa, Brotas de Macaúbas, Carinhanha, Feira da Mata, Ibotirama, Igaporã, Malhada, Matina, Morpará, Muquém de São Francisco, Oliveira dos Brejinhos, Paratinga, Riacho de Santana, Serra do Ramalho e Sítio do Mato.
A população total do território é de 362.678 habitantes, dos quais 198.558 vivem na área rural, o que corresponde a 54,75% do total. Possui 29.822 agricultores familiares, 8.759 famílias assentadas, 27 comunidades quilombolas e 3 terras indígenas. Seu IDH médio é 0,62.
Comentário: Podemos encarar este fato como o inicio de um grande avanço no desenvolvimento local e regional dessa área da Bahia a principio, pois, nada melhor do que capacitar a população ribeirinha para atender a demanda que o mercado requer. Com isso, trás a solidificação dos pequenos negócios, o desenvolvimento da tecnologia, aumenta –se a possibilidade de competir com o produto mais barato, elevando assim, a economia entre outros. Concluindo, uma coisa depende da outra, com a junção de todos os benefícios, conseqüentemente chegará a um alto índice do IDH. 

Água retirada do Velho Chico será cobrada

A água do Rio São Francisco não será mais gratuita. Indústrias, agricultores, projetos de irrigação, empresas de abastecimento e outros usuários que captam a água bruta do Velho Chico terão que pagar pela sua utilização. A cobrança, já determinada pela Lei Federal 9.433/97, será iniciada depois que o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco finalizar os critérios do procedimento, principalmente o cálculo para saber quem paga, quanto e por quê. Embora a data de início ainda não tenha sido definida, a previsão é que a arrecadação já comece no próximo ano.
O diretor de planejamento em recursos hídricos da Bahia, Vítor Sarno, explica que existem dois tipos de cobrança: uma para quem está na calha da Bacia do São Francisco, que deverá ser paga para um órgão instituído pela Agência Nacional das Águas (ANA), e outra para quem está nos afluentes, que deverá pagar para uma entidade criada pelo estado. Segundo ele, a única cobrança instituída até agora foi a primeira, cujo início está previsto para 2009. Atualmente, apenas duas bacias cobram no País, a do Paraíba do Sul e o bloco formado pelos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
“A cobrança para os usuários que captam a água dos afluentes só poderá acontecer após a elaboração de um plano de recursos hídricos. E para elaborar um plano, é necessário a criação de um comitê”, afirma Sarno. Ele diz ainda que, na Bahia, dois rios estaduais possuem comitê até o momento, o Salitre e o Verde-Jacaré. Porém, já estão sendo criados mais três comitês, um para os rios do entorno do Lago do Sobradinho, outro para o Rio Grande e mais um para o Rio Correntina. “Acredito que, em outubro, os representantes das entidades tomem posse”, acrescenta o dirigente.
Quanto ao destino dos recursos que serão arrecadados, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Semarh), Juliano Matos, diz que serão revertidos em prol de melhorias da própria bacia que está outorgando o uso da água para o usuário (federal ou estadual). “É um mecanismo de compensação ambiental, que visa requalificar o meio ambiente no entorno de seus mananciais, nascentes, etc”, defende o secretário, complementando que é necessário regular o uso da água para garantir o seu uso democrático.
Questões ambientais à parte, a cobrança pelo uso da água do São Francisco recairá sobre os consumidores finais. De acordo com o gerente de gestão de empreendimentos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Sérgio Werner, o maior problema da cobrança é que os custos terão que ser repassados para os irrigantes, que por sua vez terão que embuti-lo no preço final dos seus produtos. “A gente ainda não sabe qual será o valor cobrado, mas com certeza vai impactar no preço da produção”, pontua Werner.
O diretor regional da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), João Lopes do Araújo, afirmou que os produtores serão orientados quanto ao uso racional da água, visando, desta forma, reduzir o impacto do novo custo. Na próxima terça-feira, cerca de 1,2 mil produtores rurais do oeste vão debater a cobrança. Fonte: Correio da Bahia.
 
Se analisarmos seriamente a proposta dessa nova lei imposta para cobrar imposto da água retirada do Rio São Francisco, podemos prever que a instância diretamente atingida será o pequeno produtor, pois, essa taxa deverá ser repassada no produto final, o que tende a encarecer, tendo assim, menos possibilidade de competir no mercado consumidor. Enquanto  os grandes produtores, conseguem mascarar este valor no produto final, pelo fato de sua grande produtividade. Sendo assim, a possibilidade do pequeno produtor se desenvolver é mínima, enquanto o grande proprietário segue ileso. A quem realmente essa lei atende?

Fonte:   H2O Água on Line