sábado, 27 de novembro de 2010

Aguás de Alter do Chão Podem abastercer a Terra


Pará, um gigante das águas subterrâneas que possui o maior aquífero do mundo
Um volume equivalente a 29 milhões de Maracanãs cheios, ou de 35 mil vezes a baía de Guanabara. Essa impressionante reserva de água, que possivelmente estaria guardada no aquífero de Alter do Chão, no oeste do Pará, é hoje justamente o foco de um dos maiores esforços de estudos já feitos pela Faculdade de Geologia da Universidade Federal do Pará (UFPA): pesquisadores estão prestes a comprovar que o maior aquífero do mundo se encontra no Pará, justamente em Santarém, na área das praias de Alter do Chão.
Mas, o que é um aquífero? O que representa para o Pará possuir o maior aquífero do mundo? “Os aquíferos são um grupo de formações geológicas que podem armazenar uma enorme quantidade de água doce subterrânea. E ela é capaz de abastecer boa parte da população mundial”, explica o geólogo e pesquisador Milton Matta.
Atualmente, o maior aquífero do mundo é o Guarani, situado no Paraná. Estudos mostram que essa formação possui uma reserva de água estimada em 45 mil km³. Mas os pesquisadores paraenses querem provar que a reserva de água do aquífero de Alter do Chão é duas vezes maior que a do Guarani, com um volume que alcançria 86,4 mil km³, (86,4 quatrilhões de litros).

ESTUDOS
Para conseguirem comprovar para o mundo esses dados, os estudiosos da UFPA estão elaborando um projeto e irão apresentá-lo a representantes do Banco Mundial em busca de patrocínio. Segundo Matta, o governo paraense ainda não demonstrou interesse em custear a pesquisa. “Até o momento, não se teve recursos para esses estudos. O que foi feito até agora é fruto de esforços do nosso grupo de pesquisa”.
Matta lembra que o financiamento para os estudos envolveria dois passos. O primeiro seria uma etapa de sistematização de todo o material disponível, que duraria um prazo de oito meses e custaria algo em torno de R$ 300 a R$ 400 mil. A segunda etapa, mais longa, exigiria um conjunto de ações metodológicas, envolvendo trabalhos de campo e levantamentos geofísicos que podem durar em torno de quatro anos. “No total, iríamos precisar de US$ 5 milhões”, avalia Matta.

ABASTECIMENTO
O pesquisador lembra que, no caso de comprovação, os benefícios em possuir o maior aquífero do mundo serão imensuráveis, principalmente para a Amazônia, que já possui status valiosos como o maior depósito mineral do planeta, o maior volume de água doce do mundo e a maior floresta tropical do globo. “As águas amazônicas têm um valor estratégico para o país e para a humanidade que ainda é pouco compreendido pelos gestores brasileiros”, ressaltou Matta. “É um absurdo faltar água na Amazônia”.
Estudos mostram que a quantidade de água do aquífero de Alter do Chão é suficiente para abastecer toda a população do planeta por pelo menos 400 anos. “Se nos derem os meios, ofereceremos as respostas e soluções que contribuam para um caminhar seguro de progresso e bem-estar para os habitantes da Amazônia, do Brasil e do mundo. Assim, Alter do Chão não será mais uma promessa para os povos amazônidas e para o país, mas uma real oportunidade de tornar essa região menos apartada do restante do Brasil”, afirma o pesquisador.
De toda água no planeta, 97,5% são salgadas e não servem para o consumo da população e 1,7% está sob forma de gelo. O que sobra para abastecer a humanidade é em torno de 1% de água doce. Desse pouco, 96% estão sb a forma de águas subterrâneas. “A água subterrânea é 100 vezes mais abundante do que a água superficial. O problema, é que não se sabe aproveitá-la”, diz Matta, afirmando que, por exemplo, seria muito mais barato abastecer Belém com águas subterrâneas.cheios, ou de 35 mil vezes a baía de Guanabara. Essa impressionante reserva de água, que possivelmente estaria guardada no aquífero de Alter do Chão, no oeste do Pará, é hoje justamente o foco de um dos maiores esforços de estudos já feitos pela Faculdade de Geologia da Universidade Federal do Pará (UFPA): pesquisadores estão prestes a comprovar que o maior aquífero do mundo se encontra no Pará, justamente em Santarém, na área das praias de Alter do Chão.
Mas, o que é um aquífero? O que representa para o Pará possuir o maior aquífero do mundo? “Os aquíferos são um grupo de formações geológicas que podem armazenar uma enorme quantidade de água doce subterrânea. E ela é capaz de abastecer boa parte da população mundial”, explica o geólogo e pesquisador Milton Matta.
Atualmente, o maior aquífero do mundo é o Guarani, situado no Paraná. Estudos mostram que essa formação possui uma reserva de água estimada em 45 mil km³. Mas os pesquisadores paraenses querem provar que a reserva de água do aquífero de Alter do Chão é duas vezes maior que a do Guarani, com um volume que alcançria 86,4 mil km³, (86,4 quatrilhões de litros).

ESTUDOS
Para conseguirem comprovar para o mundo esses dados, os estudiosos da UFPA estão elaborando um projeto e irão apresentá-lo a representantes do Banco Mundial em busca de patrocínio. Segundo Matta, o governo paraense ainda não demonstrou interesse em custear a pesquisa. “Até o momento, não se teve recursos para esses estudos. O que foi feito até agora é fruto de esforços do nosso grupo de pesquisa”.
Matta lembra que o financiamento para os estudos envolveria dois passos. O primeiro seria uma etapa de sistematização de todo o material disponível, que duraria um prazo de oito meses e custaria algo em torno de R$ 300 aR$ 400 mil. A segunda etapa, mais longa, exigiria um conjunto de ações metodológicas, envolvendo trabalhos de campo e levantamentos geofísicos que podem durar em torno de quatro anos. “No total, iríamos precisar de US$ 5 milhões”, avalia Matta.

ABASTECIMENTO
O pesquisador lembra que, no caso de comprovação, os benefícios em possuir o maior aquífero do mundo serão imensuráveis, principalmente para a Amazônia, que já possui status valiosos como o maior depósito mineral do planeta, o maior volume de água doce do mundo e a maior floresta tropical do globo. “As águas amazônicas têm um valor estratégico para o país e para a humanidade que ainda é pouco compreendido pelos gestores brasileiros”, ressaltou Matta. “É um absurdo faltar água na Amazônia”.
Estudos mostram que a quantidade de água do aquífero de Alter do Chão é suficiente para abastecer toda a população do planeta por pelo menos 400 anos. “Se nos derem os meios, ofereceremos as respostas e soluções que contribuam para um caminhar seguro de progresso e bem-estar para os habitantes da Amazônia, do Brasil e do mundo. Assim, Alter do Chão não será mais uma promessa para os povos amazônidas e para o país, mas uma real oportunidade de tornar essa região menos apartada do restante do Brasil”, afirma o pesquisador.
De toda água no planeta, 97,5% são salgadas e não servem para o consumo da população e 1,7% está sob forma de gelo. O que sobra para abastecer a humanidade é em torno de 1% de água doce. Desse pouco, 96% estão sb a forma de águas subterrâneas. “A água subterrânea é 100 vezes mais abundante do que a água superficial. O problema, é que não se sabe aproveitá-la”, diz Matta, afirmando que, por exemplo, seria muito mais barato abastecer Belém com águas subterrâneas.

Governos ignoram reserva desde os anos 60
Com status de celebridade depois de ser eleita pelo jornal inglês The Guardian como a praia mais bonita do Brasil, a pequena e encantadora vila de Alter do Chão, localizada à margem direita do rio Tapajós, a 32 quilômetros de Santarém, ainda não tomou conhecimento de mais um título que a coloca em posição de enorme destaque no cenário internacional.
Embora Alter do Chão seja a referência daquele que já é apontado pelos pesquisadores como o maior aquífero do Brasil e, muito provavelmente, do globo, sua população continua alheia ao fato e, por falta de informação, está longe de poder avaliar a importância que ele tem num planeta em que a água doce é cada vez mais escassa e já se tornou um bem estratégico de alto valor comercial.
De acordo com José Ribeiro dos Santos, engenheiro operacional da Cosanpa em Santarém, tudo começou na década de 1960, quando a Petrobrás e a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, empresa do Ministério de Minas e Energia), em trabalho conjunto de pesquisa, perfuraram naquela área um poço com cerca de 1.500 metros de profundidade. Até onde se sabe, não foram ali encontrados indícios da presença de minérios ou de hidrocarbonetos.
Os pesquisadores foram surpreendidos, porém, pela presença de um gigantesco lençol de águas subterrâneas, que estudos posteriores puderam dimensionar com mais precisão. Historicamente, considerava-se que o aquífero Guarani, localizado no Sul e Sudeste do país, era o maior do Brasil. Hoje, esse título pode pertence ao aquífero de Alter do Chão. Com 437.500 quilômetros quadrados de extensão e espessura de 545 metros, ele detém um volume de água superior ao do Guarani, este um pouco mais extenso, porém com menor espessura.
Mas não é só a comunidade local que parece ignorar os encantos redescobertos de Alter do Chão. A Prefeitura Municipal de Santarém e o Governo do Estado, a julgar pela situação de abandono da vila e pelos relatos de seus moradores, também estão de olhos fechados para o futuro. É o que pretende mostrar reportagem do DIÁRIO a ser publicada na edição de amanhã.

RESERVAS
Aquífero de Alter do Chão
- Volume de 86.400 Km³, (86,4 quatrilhões de litros) e uma espessura de 545 metros.
- Qualidade de água melhor à do aquífero Guarani.
- Hoje é o maior manancial de água doce subterrânea do mundo.
- Está localizado na região centro-leste.
- Reserva hídrica calculada em torno de 45 mil km3.  (Diário do Pará)

Fonte:http://www.diariodopara.com.br

Dicas de navegação

Links interessantes:

Ministério da Integração Nacional – São Francisco: 

Transposição do Rio São Francisco: 

Vale do São Francisco: 

Arte e Sensibilização

Música Rio São Francisco contra transposição de Walfran Soares


Transposição do Rio São Francisco - Audiência Pública



E este projeto, a quem realmente atende? 
Será que ele é tão necessário assim?

BA: Cursos promovem conhecimento no ‘Velho Chico’

Programação estimula o desenvolvimento dos negócios de produtores rurais organizados em associações/cooperativas



As ações iniciadas em janeiro nos municípios do ‘Projeto Território da Cidadania – Velho Chico’ prosseguem em fevereiro. Elas reúnem uma série de capacitações, que beneficiam setores como mandiocultura, ovinocaprinocultura e piscicultura. Velho Chico é a designação popular para o Rio São Francisco.

O Projeto do Território do Velho Chico, com gestão do Sebrae/BA, tem como público-alvo produtores rurais organizados em associações/cooperativas, assentados, quilombolas, colônias de pescadores e grupos indígenas na área de abrangência do Território Velho Chico ligadas às atividades da caprinocultura, mandiocultura e piscicultura.
A iniciativa tem como objetivo apoiar o desenvolvimento do território Velho Chico por intermédio do fortalecimento, modernização, aplicação e consolidação dos pequenos negócios existentes, com foco na comercialização, com ênfase na cooperação e aumento de renda.
Isso será feiro através de uma série de ações, como capacitações, consultorias tecnológicas, gerenciais, de mercado, consultoria em associativismo e cooperativismo, seminários, missões técnicas e comerciais, participação em feiras e etc.
Para esse ano, a meta é aumentar em 80% a renda dos agricultores inseridos no projeto, em 30% os novos negócios provenientes da caprinocultura, da mandiocultura e da piscicultura e incrementar em 30% a geração de novos empregos no segmento de produção de caprinos, mandioca e peixes.
O Território da Cidadania Velho Chico, na Bahia, abrange uma área de 46.334,80 Km² e é composto por 16 municípios: Barra, Bom Jesus da Lapa, Brotas de Macaúbas, Carinhanha, Feira da Mata, Ibotirama, Igaporã, Malhada, Matina, Morpará, Muquém de São Francisco, Oliveira dos Brejinhos, Paratinga, Riacho de Santana, Serra do Ramalho e Sítio do Mato.
A população total do território é de 362.678 habitantes, dos quais 198.558 vivem na área rural, o que corresponde a 54,75% do total. Possui 29.822 agricultores familiares, 8.759 famílias assentadas, 27 comunidades quilombolas e 3 terras indígenas. Seu IDH médio é 0,62.
Comentário: Podemos encarar este fato como o inicio de um grande avanço no desenvolvimento local e regional dessa área da Bahia a principio, pois, nada melhor do que capacitar a população ribeirinha para atender a demanda que o mercado requer. Com isso, trás a solidificação dos pequenos negócios, o desenvolvimento da tecnologia, aumenta –se a possibilidade de competir com o produto mais barato, elevando assim, a economia entre outros. Concluindo, uma coisa depende da outra, com a junção de todos os benefícios, conseqüentemente chegará a um alto índice do IDH. 

Água retirada do Velho Chico será cobrada

A água do Rio São Francisco não será mais gratuita. Indústrias, agricultores, projetos de irrigação, empresas de abastecimento e outros usuários que captam a água bruta do Velho Chico terão que pagar pela sua utilização. A cobrança, já determinada pela Lei Federal 9.433/97, será iniciada depois que o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco finalizar os critérios do procedimento, principalmente o cálculo para saber quem paga, quanto e por quê. Embora a data de início ainda não tenha sido definida, a previsão é que a arrecadação já comece no próximo ano.
O diretor de planejamento em recursos hídricos da Bahia, Vítor Sarno, explica que existem dois tipos de cobrança: uma para quem está na calha da Bacia do São Francisco, que deverá ser paga para um órgão instituído pela Agência Nacional das Águas (ANA), e outra para quem está nos afluentes, que deverá pagar para uma entidade criada pelo estado. Segundo ele, a única cobrança instituída até agora foi a primeira, cujo início está previsto para 2009. Atualmente, apenas duas bacias cobram no País, a do Paraíba do Sul e o bloco formado pelos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
“A cobrança para os usuários que captam a água dos afluentes só poderá acontecer após a elaboração de um plano de recursos hídricos. E para elaborar um plano, é necessário a criação de um comitê”, afirma Sarno. Ele diz ainda que, na Bahia, dois rios estaduais possuem comitê até o momento, o Salitre e o Verde-Jacaré. Porém, já estão sendo criados mais três comitês, um para os rios do entorno do Lago do Sobradinho, outro para o Rio Grande e mais um para o Rio Correntina. “Acredito que, em outubro, os representantes das entidades tomem posse”, acrescenta o dirigente.
Quanto ao destino dos recursos que serão arrecadados, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Semarh), Juliano Matos, diz que serão revertidos em prol de melhorias da própria bacia que está outorgando o uso da água para o usuário (federal ou estadual). “É um mecanismo de compensação ambiental, que visa requalificar o meio ambiente no entorno de seus mananciais, nascentes, etc”, defende o secretário, complementando que é necessário regular o uso da água para garantir o seu uso democrático.
Questões ambientais à parte, a cobrança pelo uso da água do São Francisco recairá sobre os consumidores finais. De acordo com o gerente de gestão de empreendimentos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Sérgio Werner, o maior problema da cobrança é que os custos terão que ser repassados para os irrigantes, que por sua vez terão que embuti-lo no preço final dos seus produtos. “A gente ainda não sabe qual será o valor cobrado, mas com certeza vai impactar no preço da produção”, pontua Werner.
O diretor regional da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), João Lopes do Araújo, afirmou que os produtores serão orientados quanto ao uso racional da água, visando, desta forma, reduzir o impacto do novo custo. Na próxima terça-feira, cerca de 1,2 mil produtores rurais do oeste vão debater a cobrança. Fonte: Correio da Bahia.
 
Se analisarmos seriamente a proposta dessa nova lei imposta para cobrar imposto da água retirada do Rio São Francisco, podemos prever que a instância diretamente atingida será o pequeno produtor, pois, essa taxa deverá ser repassada no produto final, o que tende a encarecer, tendo assim, menos possibilidade de competir no mercado consumidor. Enquanto  os grandes produtores, conseguem mascarar este valor no produto final, pelo fato de sua grande produtividade. Sendo assim, a possibilidade do pequeno produtor se desenvolver é mínima, enquanto o grande proprietário segue ileso. A quem realmente essa lei atende?

Fonte:   H2O Água on Line

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Expedição Rio São Francisco

 Ambientalista percorre o São Francisco a remo para denunciar a degradação do rio

 

Uma viagem solitária, à remo, da nascente à foz do rio São Francisco. A idéia pode parecer perigosa e a jornada cansativa, mas é a aventura que o canoísta João Carlos Figueiredo iniciou desde o dia 17 de setembro e que já o fez percorrer, a remo, mais de 1350 km pelo “Velho Chico”.
Já tendo passado pelo Alto São Francisco no estado de Minas Gerais e entrando já na região do sub-médio São Francisco, na Bahia, João Carlos iniciou a viagem com o objetivo de chamar a atenção das populações ribeirinhas e dos governos e autoridades brasileiras para os problemas que o rio São Francisco têm enfrentado, como o assoreamento, o despejamento de esgotos diretamente na calha do rio, entre outros. “Resolvi fazer essa viagem porque essa é a bacia hidrográfica, completamente brasileira, mais importante do país e que infelizmente tem sofrido sérios problemas ambientais”, constata. 
Morador de Ribeirão Preto, cidade no interior de São Paulo, há 10 anos a preocupação com o meio ambiente começou a se tornar mais urgente na vida de João Carlos. Após passar 35 anos da sua vida trabalhando com informática, a aposentadoria representou uma mudança na sua rotina, mas também a oportunidade de rever as suas prioridades e de dedicar mais tempo às questões que realmente o comoviam. Uma delas é o meio ambiente.
“Trabalho com a natureza há 10 anos. Sempre me interessei por esse assunto, mas o que mais me incentivou a fazer essa viagem foi constatar que quando se trata de meio ambiente no Brasil, pensam logo na Amazônia e pouco falam sobre o rio São Francisco”, critica.
A preparação para a viagem começou há algum tempo. Livros e pesquisas para conhecer o rio. Mapas e a escolha das cidades a serem visitadas, 42 no total. Para financiar a sua excursão, João Carlos fez contatos frustrados com empresas e prefeituras ribeirinhas para apresentar o projeto e conseguir patrocínio. As recusas o fizeram adiar a excursão e interrompê-la uma vez. A sua primeira tentativa foi suspensa em junho desse ano, ainda no estado de Minas Gerais. Na época, a descida de uma corredeira danificara a sua embarcação, uma canoa canadense. Apesar das dificuldades, isso não foi motivo suficiente para fazê-lo desistir. A segunda viagem teve início em setembro e tem prosseguido desde então.
Acampando às margens do rio, João tem se alimentado com os 60 kg de comida que carrega, o que inclui refeições desidratadas, leite e achocolatado. A vara de pescar também ajuda a conseguir o peixe de cada dia. A solidariedade das populações ribeirinhas é uma outra fonte para obter alimento e estadia.
O encontro com o “Velho Chico” e as populações que nele vivem tem sido uma experiência única para o ambientalista e está sendo narrada no blog “Meu Velho Chico”, que é atualizado por João Carlos sempre que possível. Ao fim da viagem, ele pretende escrever um livro contando a aventura que tem vivido. Atualmente ele está em Juazeiro (BA)





O blog “Meu Velho Chico” traz informações muito detalhadas sobre o cotidiano e cultura das comunidades ribeirinhas, além de um apanhado de noticias de cunho ambiental e também uma grande coleção de vídeos de entrevistas com personalidades e politicosengajadas na luta contra a transposição do rio São Francisco e preocupadas com a situação de preservação do rio.





 Fonte:

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Vulnerabilidade do Desenvolvimento


Na região Semi-Árida, as precipitações pluviométricas, além de insuficientes, são concentradas e mal distribuídas, apresentando, sistematicamente, épocas de prolongada estiagem. Essas características influíram na geomorfologia atual, conformando solos rasos e esparsos, sendo que aqueles adequados aos cultivos se concentram, na sua maioria, nos vales aluvionais. A cobertura vegetal é a caatinga e o cerrado. Por sua vez, a ocupação e o crescimento populacionais não foram acompanhados por avanços tecnológicos adequados. O espaço disponível para as famílias não permite sua sustentação econômica com a tecnologia adotada, de maneira contínua. A capacidade de suporte da caatinga e do cerrado não é compatível com a população ali residente. O resultado desse desequilíbrio é a agressão ao meio ambiente e o flagelo daquela população.
Os investimentos no Nordeste vêm se caracterizando, desde os tempos remotos, por enfoques setoriais e isolados, o que dificulta a obtenção dos benefícios sociais almejados. Medidas setoriais e pontuais aumentam as diferenças intra e inter-regionais e, a conseqüência tem sido o "inchaço" das zonas urbanas pelas populações pobres de áreas não assistidas da zona rural, em épocas de estiagem.
Alavancar o progresso, tendo como base de apoio a geração de empregos, através de políticas incentivadoras ao fortalecimento industrial e, posteriormente, com a implantação da agricultura irrigada em áreas selecionadas no Semi-Árido, mostrou resultados limitados. Nem mesmo a implantação de açudes por todo o sertão tem sido a solução definitiva. Essa metodologia setorial, baseada na hipótese do surgimento espontâneo de ações complementares à ação principal, não tem sido confirmada pela história, pois o somatório dos efeitos isolados não dá a dimensão esperada do impacto global da implementação simultânea de ações selecionadas.
A limitação dos recursos disponíveis requer ação conjunta e criteriosa, passando pela hierarquização das regiões a serem modificadas e não pelos setores a serem privilegiados. A principal justificativa disto é que o homem do campo necessita de apoio, através de ações globais e integradas. Há que se propiciar todas as condições identificadas como necessárias, para se esperar o desenvolvimento sustentável regional.
A despeito da boa performance econômica apresentada nas últimas décadas, o Nordeste continua padecendo de sérias vulnerabilidades de natureza geoambiental, econômico-social, científico-tecnológica e político-institucional, que poderão vir a comprometer, no futuro, a já precária sustentabilidade do desenvolvimento da região. Algumas dessas vulnerabilidades, que se manifestam secularmente (é o caso das secas), agravaram-se com a forma como se deu a ocupação demográfica e produtiva do vasto interior Semi-Árido da região, com sérias sobrecargas a seu frágil meio ambiente e a base de recursos naturais relativamente pobre. Outras, de natureza mais econômico-social, tomaram, com a evolução do desenvolvimento recente da região, rumos que acentuaram suas tendências desestabilizantes e desequilíbrios.
Avaliadas em seu conjunto, essas vulnerabilidades constituem uma ameaça latente à sua trajetória de desenvolvimento, mesmo que, tendencialmente, a região venha a apresentar nas próximas duas décadas, como nos anos 70, elevadas taxas de crescimento e importantes melhorias nas condições de vida e bem-estar de seu povo - acompanhando trajetória semelhante à que se almeja para o País como um todo.


Fonte:
http://www.valedosaofrancisco.com.br/MeioAmbiente/Vulnerabilidade.asp

Sistema de Dessalinização - Regularização fundiária e acesso à água - Revitalização Hidroambiental da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco - Planejamento e gestão integrada dos recursos naturais da bacia do São Francisco

Esta reportagem obtida no site www.ambientes.ambientebrasil.com.br, traz importantes considerações sobre o Rio São Francisco e sobre o problema da escassez de água, bem como modelos de gestão do rio. Aqui foram destacados alguns dos temas mais relevantes, entretanto indicamos a leitura da reportagem na integra. 


Sistemas de dessanilização - em muitas regiões do semi-árido a água de subsolo é salobra, com teores salinos que a tornam inadequada para consumo humano ou animal. É por isto que, em Mossoró, RN, a fruticultura irrigada de exportação optou pela utilização de poços profundos, de 500 até 800 metros.
O processo de dessalinização possui elevado custo operacional, mas produz água de excelente qualidade porem desmineralizada, o que exige correção, visando garantir a saúde da população usuária.
Em que pese seu custo operacional e a necessidade de remineralizar a água, a dessanilização é a única alternativa viável em diversas regiões, considerando que a captação por poços profundos possui custos ainda maiores.

- este é um dos maiores e mais significativos problemas da região.
Regularização fundiária e acesso à água


Muitos potenciais usuários da atual disponibilidade hídrica não possuem recursos para os investimentos necessários para a captação da água, inclusive nos pontos de distribuição das adutoras já existentes. Não podem sequer pleitear linhas oficiais de financiamento porque não possuem existência legal (não possuem quaisquer documentos - inúmeros habitantes do semi-árido sequer possuem certidão de nascimento) e precisam de regularização fundiária, porque não podem comprovar a titularidade da terra em que vivem e tentam produzir.
Ao longo da bacia do rio Piranhas-Açu (PB e RN) encontram-se incontáveis roçados mortos ou esgotados ao lado de férteis fruticulturas, todos a menos de 100 metros de um ponto de distribuição de adutora. A diferença, entre um e outro, está no acesso à água.
Em muitos pequenos municípios esta estrutura quase feudal de acesso à água é uma importante razão de fundo para a sua estagnação.
Qualquer programa minimamente eficiente, com ou sem transposição, exige a efetiva garantia do acesso à água. Se for para atender aos atuais privilegiados não é preciso fazer nada, porque eles já têm acesso aos recursos hídricos disponíveis.

Revitalização Hidroambiental da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco


Na questão da revitalização não é necessário inventar a roda, basta executar o "Plano de Revitalização Hidroambiental da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco", ou seja:
2.1. Planejamento e gestão integrada dos recursos naturais da bacia do São Francisco; 
2.2. Revegetação de margens e nascentes do São Francisco e de seus afluentes; 
2.3. Aumento das vazões de estiagem no Médio São Francisco, melhorando suas condições de navegabilidade; 
2.4. Programa de saneamento básico e controle de poluição de cerca de 400 núcleos urbanos que, em sua maioria absoluta, lançam esgoto sem tratamento no rio São Francisco ou em seus afluentes; 
2.5. Disciplinamento e proteção da pesca; apoio às comunidades ribeirinhas do Baixo São Francisco. 
Estes 5 itens são de fundamental importância para a sustentabilidade da região, ao mesmo tempo que podem gerar mais de 2 milhões de novos empregos. Vejamos cada um deles 

Planejamento e gestão integrada dos recursos naturais da bacia do São Francisco.


Neste caso, os conceitos e métodos já foram minimamente demonstrados quando discutimos a gestão integrada dos recursos hídricos. É claro que existem variações quanto ao clima, solo, índice pluviométrico, usos da água, etc, mas a lógica é basicamente a mesma.
Mas quero destacar e insistir que, assim como deve ocorrer em qualquer bacia ou micro-bacia, os municípios devem preparar-se para atuar firmemente na gestão de seus recursos naturais, inclusive os recursos hídricos. Devem organizar-se inclusive em consórcios intermunicipais (por bacias e micro-bacias), investindo na sua capacitação técnica e qualificação de seus recursos humanos.




Aqui trazemos alguns dos mais importantes temas discutidos, a reportagem na integra s encontra no link abaixo.

Fonte:
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_doce/revitalizar_o_chico_antes_de_transpor.html